Conselho Diretor do Nescon apresenta resultados e reforça papel da tecnologia

Publicado em Notícias - 8 de julho de 2019

Da esquerda para direita: professor Francisco Eduardo de Campos (diretor do Nescon), Humberto José Alves (diretor da Faculdade de Medicina) e Edison José Corrêa  (vice-diretor do Nescon). Foto: Carol Morena.

 

O Conselho Diretor do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da UFMG (Nescon) se reuniu na última sexta-feira, 5 de julho, para apresentar o balanço das atividades de 2018. Na ocasião, também foram debatidas a situação atual do Núcleo e as perspectivas para os próximos anos, com destaque para a integração entre ensino e tecnologia.

Durante o evento, o diretor da Faculdade de Medicina da UFMG, Humberto José Alves, ressaltou a importância e a excelência do Nescon dentro e fora da Instituição, e reforçou o estreitamento de relações entre a diretoria e o Núcleo nos últimos anos. “Reafirmo, aqui, nosso ânimo e disposição com o Nescon. Estamos juntos, e podem contar com o nosso apoio”, disse.

Para a vice-diretora da Faculdade, Alamanda Kfoury, os produtos criados pelo Nescon têm auxiliado durante as disciplinas de graduação e poderiam contribuir para a utilização das tecnologias como ferramentas pedagógicas. “Esses produtos, como o Genograma, facilitam o aprendizado e podem ser disponibilizados pela internet, facilitando a disponibilidade do ensino a distância”, frisou.

Além da diretoria da Faculdade de Medicina e do Nescon, estavam presentes na reunião os membros do Conselho Diretor.

 

Membros do Conselho diretor do Nescon se reuniram em 5 de julho. Foto: Carol Morena.

 

O coordenador acadêmico do Nescon e professor do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade, Raphael Aguiar, chamou atenção para o uso de produtos tecnológicos no aprimoramento do ensino. “A Universidade pode extrair grande proveito da exploração dessa modalidade de ensino, a Educação Mediada pelo Ensino. Através da criação de vídeo-aulas, por exemplo, disciplinas teóricas poderiam ter a didática reformulada. Assim, deixaria maior tempo nas salas de aulas para a solução de dúvidas, a realização de exercícios e atividades mais práticas”, explicou.

O professor Francisco Eduardo de Campos, diretor do Nescon, destacou a recente criação, por parte do Ministério da Saúde, da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (APS). Segundo o professor, esse é um passo importante para assegurar que a APS tenha uma base de recursos e uma posição de destaque na política de saúde do Brasil. “Em termos de destino financeiro, estamos numa situação privilegiada, no momento, devido à criação da nova Secretaria de Atenção Primária no Ministério”, comentou o diretor do Núcleo.

 

Atenção Primária

Um dos temas centrais do reunião do Conselho foi a posição da Saúde da Família e da Comunidade dentro do âmbito das profissões médicas. O professor Tarcizo Afonso Nunes, ex-diretor da Faculdade, membro docente e integrante do Centro de Pós-graduação, ressaltou a necessidade do reconhecimento da Atenção Primária à Saúde e da Medicina da Família e da Comunidade. “Precisamos reforçar a importância da Saúde da Família e da Comunidade. A ela deve ser dada a mesma importância que é conferida a outras especialidades, como a cardiologia”, afirmou.

 

2018 em números

Coordenador acadêmico do Nescon e professor do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade, Raphael Aguiar.

 

O relatório técnico dos cursos de 2018 foi apresentado pelo professor Raphael Aguiar. Ao todo, os cursos na modalidade autoinstrucional contaram com 65.584 alunos inscritos, dos quais 10.015 foram certificados. No último ano, também foram realizadas uma monografia de graduação, 293 trabalhos de conclusão de cursos de especialização, cinco dissertações de mestrado, oito artigos publicados em periódicos, dois capítulos e a publicação de um livro. Além disso, o Núcleo participou de 14 congressos e realizou nove relatórios técnicos.

O coordenador também apresentou o quadro de colaboradores do Nescon em 2018. Segundo os dados apresentados por ele, o Núcleo contava com 136 pesquisadores, 189 prestadores de serviço, 53 estagiários de graduação e pós, além de 35 celetistas.

Durante a apresentação, Raphael enfatizou o aprendizado por meio dos cursos autoinstrucionais como ferramenta de crescimento e aperfeiçoamento do profissional da saúde. “Os cursos devem ser pensados e realizados não visando a certificação, mas o aprendizado”, afirmou.