Secretaria de Estado de Saúde apresenta ações de enfrentamento ao Coronavírus

Publicado em Boletim, Notícias - 28 de Fevereiro de 2020

Tendo em vista a confirmação do primeiro caso de coronavírus (COVID-19) em um brasileiro, residente de São Paulo (com histórico de viagem à Itália), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) faz um alerta sobre a necessidade de medidas preventivas, similares às da Gripe. No momento, há 05 casos suspeitos em Minas, sendo três em Belo Horizonte, um de Montes Claros e outro de Juiz de Fora. Diante da tendência de aumento do número de casos suspeitos, a SES-MG apresentou, nesta quinta-feira (27/02), em entrevista coletiva concedida pelo secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, o Plano de Contingência para Emergência em Saúde Pública COVID-19, elaborado durante o mês de fevereiro e ainda detalhou as ações em curso. Por exemplo, a SES-MG está realizando licitação para compra de equipamentos de proteção individual (EPI) para profissionais de saúde; realização de campanhas, tanto na mídia tradicional, quanto voltada às redes sociais; criação de hotsite para publicação e concentração de informações oficiais; treinamento de pessoal nas Regionais de Saúde e das Secretarias Municipais de Saúde.

Foto: Marcus Ferreira

“Nós estamos em processo de análise jurídica para a publicação de um Decreto de Emergência em Saúde Pública, o que pode agilizar processos de compra de leitos, medicamentos, ventiladores, monitores, contratação de pessoal, entre outras medidas que possam gerar uma resposta dos serviços de saúde a essa epidemia. Também vamos ativar o Centro Mineiro de Controle de Doenças Transmissíveis, uma espécie de força-tarefa voltada às emergências de saúde, e também em articulação com a Rede Intermunicipal de Emergências de Saúde Pública, que envolvem consórcios intermunicipais”, detalhou o secretário Carlos Eduardo Amaral. Ainda conforme o secretário, do ponto de vista do cidadão, a ênfase deve ser dada às medidas de higiene respiratória, como lavar constantemente as mãos, sobretudo após o uso de transporte público e contato com pessoas em locais de aglomeração pública; evitar levar as mãos ao nariz e aos olhos; cobrir a boca e o nariz ao espirrar. “São cuidados muito similares àqueles para evitar a gripe”, comentou Amaral.

Uma vez que houve ampliação do número de países em que está ocorrendo a transmissão da doença, ultrapassando o continente asiático e chegando à Europa, os serviços de saúde devem ter aumento no número de pacientes que podem estar infectados. “As pessoas viajam com mais frequência a países como França, Itália e Alemanha, portanto há uma tendência de aumento de casos. É importante frisar que, a partir da notificação, já ocorre o isolamento do paciente. Posteriormente, conforme os protocolos do Ministério da Saúde, o caso poderá vir a ser classificado como suspeito”, esclarece o subsecretário de Vigilância em Saúde, Dario Brock Ramalho.

Foto: Marcus Ferreira

De acordo com o subsecretário, atualmente o teste, realizado após coleta de secreção dos pacientes, é realizado para alguns vírus mais comuns que causam síndromes respiratórias na Fundação Ezequiel Dias (Funed), bem como o específico para coronavírus na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “Há expectativa de que, nos próximos dias, o Ministério da Saúde desconcentre a realização do exame na Fiocruz e permita que a Funed e outros laboratórios também estejam capacitados a realizar os testes RT-PCR, conforme o protocolo Charité, conforme preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”, informou.

Tanto o secretário Carlos Eduardo Amaral, quanto o subsecretário Dario Brock Ramalho, ressaltam que não há razão para discriminação em relação às pessoas oriundas de países asiáticos ou seus descendentes. “Não há o menor sentido em qualquer atitude discriminatória. Além disso, os casos suspeitos têm relação com viagens que as pessoas fizeram, em virtude da transmissão dos casos e não pela origem das pessoas”, destacou Amaral.

Foto: Marcus Ferreira

Já a diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da SES-MG, Janaína Fonseca Almeida, destacou que as medidas em relação aos aeroportos são desenvolvidas pelos órgãos federais. “São realizados avisos sonoros e as companhias aéreas estão treinadas a reconhecer pacientes com sintomas. No aeroporto de Confins, havendo algum caso, será utilizada a sala de isolamento, até que o paciente seja conduzido ao serviço de saúde de referência. Posteriormente, realizamos o acompanhamento de outros passageiros”, completou.

 

Saiba mais em: http://www.saude.mg.gov.br/coronavirus

Confira o áudio da coletiva em: https://soundcloud.com/saudemg/coletiva-de-imprensa-sobre-coronavirus-2702

Live da coletiva disponível no Instagram da SES-MG – @saudemg

 

Com redação de Ramon Oliveira, da SES-MG.