De 2006 a 2011, a proporção de diabéticos no Brasil saltou de 5,2% para 5,6% da população. Os números são resultado da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), que entrevistou brasileiros dos 26 estados e Distrito Federal. Em 2011, foram registradas 148.452 internações no SUS por Diabetes, número maior do que as 131.734 hospitalizações pela mesma causa em 2008.
As mulheres são mais acometidas pela diabetes do que os homens. Entre elas, 6% declararam possuir a doença, enquanto 4,4% dos homens disseram o mesmo. Em Belo Horizonte, os homens estão abaixo da média nacional, com 4,1% de diabéticos. Em contrapartida, 6,6% das mulheres belorizontinas são diabéticas, 0,6 pontos percentuais acima da média brasileira.
A capital com maior percentual de diabéticos foi Fortaleza (7,3%), seguido de Vitória (7,1%) e Porto Alegre (6,3%). Os menores índices estão em Palmas (2,7%), Goiânia (4,1%) e Manaus (4,2%)
Outra conclusão apontada pelo estudo é que quanto maior a escolaridade, menor a probabilidade do indivíduo desenvolver diabetes. Entre os brasileiros com até 8 anos de estudos, a porcentagem de diabéticos atinge 7,5%. Ao analisarmos a população com 12 ou mais anos de estudos, a proporção cai para 3,7%.
Os dados, porém, devem ser analisados com cautela. Os percentuais crescentes de diabetes no país podem estar relacionados ao aumento da população idosa e ao aumento do diagnóstico da atenção básica de saúde. Ao mesmo tempo, o aumento da obesidade e do excesso de peso no país (o indicador saltou de 43% em 2006 para 49% da população em 2011), principais fatores de risco para a doença, devem servir de alerta.
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