Dados do 2° ciclo do PMAQ são apresentados em congresso internacional

Publicado em Notícias - 2 de agosto de 2016

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Analisar e apresentar os dados do 2° ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) em um dos congressos mais importantes da área de sistemas da saúde. Essa foi a missão que Érica Araújo, pesquisadora do Nescon, cumpriu na 27° edição do CALASS 2016.

Com o pôster “O planejamento das atividades e ações da gestão para qualificação dos processos de trabalho das equipes de Atenção Básica em Saúde: resultados do PMAQ”, Érica foi à Brasília apresentar o trabalho no Congresso Internacional da ALASS – Associação Latina de Análise dos Sistemas de Saúde, que teve como tema principal “o trabalho dos profissionais frente aos desafios dos sistemas de saúde”.

Elaborado pela equipe do PMAQ 3º ciclo, o material destacou o estudo feito por meio de dados coletados no módulo II do 2° ciclo, que avaliou mais de 29 mil equipes nos estratos 1 e 6*. “Quisemos mostrar que independente das condições socioeconômicas do município (estrato), há um alto percentual de Equipes de Atenção Básica que planejam e comprovam executar atividades de gestão”, explica Érica.

O foco da análise

A principal questão analisada foi a realização de atividade de planejamento e programação em relação à:

  • Existência de reserva de vagas para consultas de demanda espontânea;
  • Definição de tempo máximo de agendamento do usuário;
  • Realização de avaliação de risco e vulnerabilidade no acolhimento dos usuários;
  • Agenda dos profissionais organizada para realização de ações.

A conclusão foi satisfatória. Segundo Érica, a equipe observou que o comprometimento das equipes de Atenção Básica e da gestão local, bem como a otimização dos recursos disponíveis, podem ser uma explicação plausível para o número expressivo de equipes que executam atividades de planejamento e programação independente do estrato ao qual pertencem.

O estudo indica que não há grandes diferenças na execução de atividades de planejamento e programação entre as equipes dos dois estratos. A maioria realiza as práticas, principalmente no estrato 6 (81,8% contra 76,5% do estrato 1).

Também foi observado que, para as ações que a agenda dos profissionais está organizada, a maior parte da programação vai para atividades mais tradicionais, como visitas domiciliares. Já o planejamento de ações mais específicas, como atividades comunitárias, são menos recorrentes em ambos os estratos.

Equipe

“Toda a equipe do PMAQ 3º ciclo esteve envolvida. Em especial, houve a participação da pesquisadora Nesconiana Daisy Maria Xavier de Abreu, parte da coordenação desse projeto, que além de propor a nossa participação no CALASS 2016 também auxiliou na análise dos dados e confecção do pôster; e Cristiane Diniz, que além de ajudar no processamento dos dados também ajudou na elaboração da apresentação”, conta Érica, que além da apresentação e participação em todos os dias do Congresso atuou na parte exploratória dos dados, no processamento das informações e na formatação da divulgação.

A ideia era formular uma apresentação mais intuitiva, com cuidado para que o pôster não ficasse cansativo. Deu certo: “A apresentação foi muito proveitosa e muitas pessoas vieram se informar sobre o PMAQ e o trabalho desenvolvido pela equipe no Nescon. Acredito que a participação no congresso tenha sido de grande valia tanto para divulgação do PMAQ quanto para o Nescon, como um dos núcleos executores da avaliação externa desse trabalho”, conclui.

 

Érica Lopes

 

*Os estratos podem ser entendidos como categorias que definem municípios como “melhor ou pior” socioeconomicamente, sendo o Estrato 1 composto por municípios com melhor classificação e o Estrato 6 composto por municípios com pior classificação socioeconômica.