ÁGORA - ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
Faculdade de Medicina da UFMG

:. Impressão de registro(s) da base de dados .:


006608

Referência:
FERREIRA, Carolina Veiga Júlio. Doentes mentais no Programa Saúde da Família: possibilidades e desafios de um atendimento inclusivo. Belo Horizonte, 47f., 2016. Monografia (Especialização em Estratégia Saúde da Família).
   
   
(Curso de Especialização Estratégia Saúde da Família) .

Outro(s) Autor(es):
BOTTI, Nadja Cristiane Lappann

Colaborador(es):
--- não informado ---

Descritor(es):
Estratégia Saúde da Família; Pessoas Mentalmente Doentes; Participação Social

Termo(s) livre(s):
--- não informado ---

Resumo:
Este Trabalho de Conclusão de Curso da Especialização em Saúde da Família tem por objetivo discutir o papel do Programa Saúde da Família no processo de acolhimento do doente mental principalmente no que se refere às possibilidades e desafios vivenciados pelos profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde. A proposta é a de realizar diagnósticos e propor intervenções junto aos familiares e instituições de apoio para contribuir com a inclusão social. Sustento os argumentos em defesa do tema não só em aspectos do discurso médico que explicam o comportamento de indivíduos diagnosticados com retardo mental e autismo, como também no discurso filosófico que circula na sociedade e coloca muitas pessoas, como ocorre com o sujeito desta pesquisa monográfica, longe do convívio em sociedade. Nesse contexto, o estudo procura problematizar aspectos que possam contribuir com a melhoria das condições de vida de doentes mentais, entendendo os limites de atuação dos familiares e dos profissionais que agem diretamente com esses sujeitos. A abordagem metodológica histórico-cultural, que entende o sujeito a partir de suas potencialidades a despeito de quaisquer transtornos mentais, foi realizada com base no diagnóstico situacional elaborado a partir de observações, entrevistas semiestruturadas e conversas informais com familiares, possibilitando compreender como o sujeito desta pesquisa foi sendo diagnosticado e tratado ao longo dos anos. Pelas análises, constato que as estratégias de atendimento acabaram por isolar ainda mais o paciente da sociedade. Apresento reflexões em torno do argumento de que esse quadro foi resultado das escolhas possíveis àquele tempo, o que não impede que este estudo possa contribuir com outra forma de olhar não só para esse rapaz como para outros sujeitos, classificados como doentes mentais pelo discurso médico. Nesse contexto investigativo, vinculado a ações do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica, foi elaborada a proposta de intervenção pautada em operações para nós críticos diante do problema "Paciente doente mental sem tratamento". Os recursos críticos, que visam diagnosticar, monitorar, oferecer suporte em relação à infraestrutura física, em um movimento de avaliação e replanejamento de ações, caminham lado a lado com a proposta de recursos financeiro, humano e material. Com base no que foi delineado para a realização deste projeto de intervenção é possível afirmar que, em que pesem as diferentes frentes de atuação em torno da saúde mental, muito se tem a caminhar no sentido de estabelecer ações governamentais que acolham os doentes mentais nas Unidades Básicas de Saúde. Apesar de tal constatação, é possível ler nas entrelinhas possibilidades ainda iniciantes, mas que poderão a médio e longo prazos transformar os rumos da educação para a saúde, articulando a nível macro e micro ações de inclusão que se sustentam pela formação de profissionais da saúde.

[Nova Pesquisa]