ÁGORA - ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
Faculdade de Medicina da UFMG

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Referência:
SILVA, Marcos Rogério da. As ações de controle da hanseníase desenvolvidas pela Equipe da Estratégia Saúde da Família. Teófilo Otoni, 43f., 2011. Monografia (Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família).
   
   
(Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família).

Outro(s) Autor(es):
BARCELOS, Eulita Maria

Colaborador(es):
--- não informado ---

Descritor(es):
Estratégia Saúde da Família; Hanseníase

Termo(s) livre(s):
Controle; Prevenção e controle

Resumo:
Este estudo teve como objetivo discutir a importância das ações de controle da hanseníase desenvolvidas pela equipe da Estratégia Saúde da Família. A metodologia utilizada foi a revisão de literatura-integrativa. A população deste estudo foi composta por toda literatura indexada nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde - BVS, LILACS, BDENF, CAPES. Consideraram-se as dissertações e artigos publicados no período de 2001 a 2011. Foi elaborado um instrumento para coleta de dados, compostos de dados referentes ao autor principal (profissão, titulação, local de trabalho, pais de origem, dados referentes à publicação, as variáveis de estudo dos autores e a variável de estudo do pesquisador). Os resultados demonstraram que quanto a profissão do autor principal dos artigos analisados, 83% são enfermeiros e 17% são médicos. No que se refere à titulação a maioria são mestres (67%). Dentre os locais de atuação destes profissionais, percebeu-se que 58% atuam na atenção básica da saúde. Os artigos foram publicados em diferentes periódicos, sendo 34% na Revista. Brasileira de Enfermagem. Destacou-se ainda que 100 % dos artigos tiveram como veículo de divulgação a LILACS sendo 52% publicados no ano de 2008. Quanto ao delineamento do estudo, observou-se que 42% dos estudos foram quali-quantitativo. Constatou-se ainda que o Programa Nacional de Controle da Hanseníase vem estreitando laços com o Departamento de Atenção Básica /Ministério de Saúde com o objetivo de descentralizar as ações para controle da Hanseníase. Dentre os aspectos que dificultam as ações de controle da hanseníase pode-se citar: a falta do conhecimento sobre a enfermidade e suas conseq¨ências, o diagnóstico tardio, a ausência de educação continuada dos profissionais da saúde, falta de ações educativas comunitárias e familiares, déficit no conhecimento da população acerca da doença, carência de transporte para busca ativa, deficiência de material para exames no laboratório, falha na cobertura assistencial e falha da aplicabilidade das ações preconizadas pela da Portaria nº 1073/GM do Ministério da Saúde no Programa de Controle de Hanseníase. A hanseníase precisa ser prioritária, tanto pelo poder público, como também pelos profissionais de saúde. Para tanto, é importante a valorização e implantação de ações que facilitem o controle desta doença, por meio de uma série de estratégias como: a capacitação de profissionais de saúde que atuam na rede básica, o investimento em Educação continuada criteriosa avaliação epidemiológica das equipes, o Planejamento Estratégico Situacional, o acesso facilitado à assistência aos portadores da doença, a realização de campanhas frequentes, com distribuição de panfletos, a implantação da poliquimioterapia, busca ativa e atualização do sistema de informações dos dados epidemiológicos. Concluiu-se que hanseníase ainda causa repercussões significativas na vida de seus portadores, com isso salienta-se a importância de ações educativas junto a essas pessoas, objetivando a melhoria na assistência a essa clientela, contribuindo para amenizar o estigma, o preconceito e a discriminação que envolve a hanseníase. A trajetória dos profissionais da saúde da Estratégia de Saúde da Família deve ser contemplada com ações educativas para a realidade cultural, social e emocional, desenvolvendo um pensamento crítico e reflexivo, culminando na transformação da realidade em que a hanseníase se insere.

[Nova Pesquisa]