ÁGORA - ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
Faculdade de Medicina da UFMG

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005204

Referência:
VIEIRA, Júlio César Menezes. Abordagem ao transtono somatoforme na atenção primária - revisão de literatura. Belo Horizonte, 28f., 2010. Monografia (Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família).
   
   
(Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família).

Outro(s) Autor(es):
VIANNA, Paula Cambraia de Mendonça

Colaborador(es):
--- não informado ---

Descritor(es):
Transtornos somatoformes; Atenção Primária à Saúde; Serviços de saúde mental

Termo(s) livre(s):
Somatização; Atenção básica; Prática médica; Revisão

Resumo:
A Somatização é uma doença que manifesta os conflitos e as angústias de origem psíquica através de sintomas corporais. O Transtorno Somatoforme (TS) causa dano emocional significativo para os pacientes, a cerca de 50% dos pacientes da atenção primária apresenta sintomas físicos que não podem ser explicados por um quadro clínico. Nos consultórios clínicos e dos médicos de família, 5 a 10% satisfazem os critérios para TS. Mas os sintomas somatoforme têm baixa prevalência de diagnóstico na atenção primária. Este trabalho propõe uma discussão sobre o transtorno somatoforme na atenção primária e estratégias de acolhimento na atenção primária. Foi realizada uma revisão de literatura de artigos indexados no portal da PUBMED, American Psychiatry Association, no portal SCIELO e no The Journal Clinical of Psychiatry. Verificou-se que a sobreposição de diferentes comorbidades sempre é um fator de dificuldade para um tratamento adequado do TS. Quando se analisa o Transtorno Somatoforme, encontra a associação de 60% com o Transtorno Depressivo Unipolar, de 50% com os Transtornos de Ansiedade e 60% com os Transtornos de Personalidade. O trabalho identificou estudos brasileiros que utilizaram ferramentas de rastreamento viáveis de serem utilizados na UBS. O Self Reporting Questionnaire - 20 itens (SRQ-20) e o General Health Questionnaire 12 itens (GHQ-12). Ambos validados no Brasil com sensibilidade acima de 90% e especificidade acima 70%. São instrumentos para rastrear transtornos mentais como depressão, ansiedade, estresse pós traumático, somatoforme e dissociativo. Mais estudos sobre os instrumentos de rastreamento do TS são necessários para reconhecê-los na unidade básica de saúde. A abordagem dos pacientes com TS ou sintomas somatoformes é complexa e exige trabalho multiprofissional. As principais estratégias contempladas encontradas combinam triagem, grupos psicossociais, psicoterápicos e atendimentos clínicos. Conclui-se que é fundamental a legitimação das queixas somáticas frente às demandas sociais dos usuários da atenção primária para uma abordagem terapêutica compartilhada e um acolhimento humanizado apoiado em diferentes saberes.

[Nova Pesquisa]