ÁGORA - ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
Faculdade de Medicina da UFMG

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Referência:
OLIVEIRA, Virginia Junqueira. Vivenciando a gravidez de alto risco: entre a luz e a escuridão. Belo Horizonte, 111f., 2008. Dissertação (mestrado).
   
   


Outro(s) Autor(es):
--- não informado ---

Colaborador(es):
--- não informado ---

Descritor(es):
Gravidez de alto risco; Relações mãe-filho; Equipe de assistência ao apciente; Relações profissional-paciente; Questionários

Termo(s) livre(s):
--- não informado ---

Resumo:
A busca por compreender o que significa para a mulher gerar um filho numa situação de alto risco emergiu da minha experiência como enfermeira obstetra e docente, por eu perceber que a gestante na qual identificava-se um ou mais fatores de risco se mostrava lábil e vulnerável diante das incertezas do dia-a-dia, passando a conviver com o fantasma do risco, o qual representava uma ameaça para sua saúde. Para aproximar-me do vivido dessas mulheres, optei pela pesquisa qualitativa na abordagem fenomenológica. A entrevista aberta guiada pela questão: "O queé, para você, gerar um filho na sua condição de alto risco?", possibilitou-me o desvelamento do fenômeno. Participaram do estudo dezesseis gestantes, que estavam sendo acompanhadas no Pré-natal de Alto Risco da Policlínica Municipal da cidade de Divinópolis/MG. A análise ideográfica dos discursos dos sujeitos permitiu-me construir as categorias: Corpo vivido/corpo percebido: a expressão de sentimetnos na gestação de risco; Vivenciando as expectativas do parto: entre a luz e escuridão e Interagindo com a equipe multiprofissional: as interfaces da assistência na gestaçaõ de risco. A compreensão/interpretação dos aspectos essenciais do fenômeno foi fundamentada nos pressupostos filosóficos da fenomenologia existencial de Maurice Merleau-Ponty e em outros autores que trabalham a temática da gravidez. As gestantes temem morrer na gravidez ou no parto, temem a perdo do filho ou que nasça prematuro ou com alguma deformidade, ao mesmo tempo o superprotege; sentem-se sós, inseguras, vulneráveis; por outro lado, confiantes e esperançosas de que tudo dará certo. Vencido o impacto do diagnóstico, entregam sua saúde à equipe multiprofissional, mudam seus hábitos de vida e procurarm seguir as condutas ditadas pelos profissionais de saúde. Acredito que este trabalho sirva de reflexão para os profissionais de saúde, preferencialmente os enfermeiros, acerca da prática do cuidado e da atenção dispensada à gestante de alto risco. Faz-se necessário, portanto, uma assistência de enfermagem mais humanizada coerente com os preceitos ditados pelos programs atuais direcionados à saúde materna, onde a integralidade é apontada como a grande aliada na qualidade da assistência prestada, tanto em nível hospitalar quanto na atenção básica.

[Nova Pesquisa]