ÁGORA - ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
Faculdade de Medicina da UFMG

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001301

Referência:
SANTOS, Leonor Maria Pacheco; BATISTA FILHO, Malaquias; DINIZ, Alcides da Silva. Epidemiologia da carência de vitamina A no Nordeste do Brasil. BOLETÍN DE LA OFICINA SANITARIA PANAMERICANA. Washington, v. 120, n. 5, p.525-536, 1996.
   
   


Outro(s) Autor(es):
--- não informado ---

Colaborador(es):
--- não informado ---

Descritor(es):
Deficiência de vitaminas; Vitamina A; Xeroftalmia; Cegueira noturna

Termo(s) livre(s):
--- não informado ---

Resumo:
A deficiência de vitamina A é responsável por alterações em tecidos epiteliais especializados podendo levar à xroftalmia e cegueira nutricional. Além disto, em anos recentes foi demonstrado que oferecer suplementação com vitamina A a crianças pré-escolares, em áres onde a deficiência é endêmica, pode reduzir a mortalidade de 23% a 30% em média. Os primeiros relators de carência de vitamina A e xroftalmia no Brasil ocorreram em 1864 e 1883, em escravos mal alimentados. Neste século, durante as secas periódicas na região Nordeste, houve relatos de cegueira noturna e de outras lesões oclualres. Nas últimas décadas, diversos estudos determinaram níveis de retinol sérico ou hepático (este último em amostras de necrópsias) demonstando que a hipovitaminose A é um problema de saúde pública no Nordeste. No início da década de 1980 encontraram-se lesões oculares por deficiência de vitamina A tanto em estudos epidemiológicos em campo, nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, como também através do acompanhamento dos casos atendidos na enfermaria do Hospital Universitário de João Pessoa, Paraíba. Dentre os fatores de risco para a xeroftalmia corneal destacaram-se o desmame precoce, a idade abaixo de 12 meses e as infecções. Recentemente a deficiência de vitamina A tem sido descrita na região Nordeste também em épocas de safras regulares, embora a maioria dos casos de xeroftalmia e cegueira nutricional tenham sido registrados durante períodos augdos de seca. Nesta região a carência nutricional é permanente e qualquer fator precipitante pode rompoer o frágil equilíbrio resultante das adaptações fisiopatológicas à desnutrição.

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