ÁGORA - ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
Faculdade de Medicina da UFMG

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Referência:
ELZIRIK, Mariana et al. Contratransferência no atendimento inicial de vitimas de violencia sexual e urbana: uma pesquisa quantitativa/qualitativa. REVISTA PSIQUIATRICA. Rio Grande do Sul, v. 29, n. 2, p.197-204, 2007.
   
   


Outro(s) Autor(es):
POLANCZYK, Guilherme; SCHESTATSKY, Sidnei; JAEGER, Maria Amelia; CEITLIN, Lucia Hekena Freitas

Colaborador(es):
--- não informado ---

Descritor(es):
Contratransferência (psicologia); Violência sexual; Sintomas psíquicos; Psicoterapia

Termo(s) livre(s):
Violência urbana; Trauma psíquico

Resumo:
Objetivo: Avaliar a contratransferência dos terapeutas durante o atendimento inicial de pacientes mulheres vítimas de violência sexual e urbana, investigando a influência do gênero do terapeuta e da natureza e momento do trauma. Método: A amostra foi composta por 36 relatos redigidos por médicos residentes de psiquiatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, oriundos do atendimento de 36 pacientes. Este estudo utilizou métodos qualitativos e quantitativos para a análise dos seus dados. Os relatos foram classificados em seis grupos, conforme o gênero do terapeuta e a natureza do trauma. Foi realizada a análise de conteúdo dos relatos. Associou-se uma análise estatística dos dados. Resultados: Houve predomínio de sentimentos de aproximação nos terapeutas de ambos os sexos no atendimento de vítimas de violência sexual. Entre terapeutas mulheres, a natureza do trauma (sexual ou urbano) não influenciou os padrões contratransferenciais (p = 0,7). Entre os terapeutas homens, ao contrário, a natureza do trauma inluenciou de forma significativa (p = 0,044) o padrão contratransferencial, havendo um número elevado de sentimentos de distanciamento nos relatos de atendimentos de vítimas de violência urbana. Conclusões: Houve um predomínio de sentimentos de aproximação dos terapeutas de ambos os sexos no atendimento inicial de pacientes vítimas de violência sexual. Foi observado um predomínio de sentimentos de distanciamento nos terapeutas homens que atenderam vítimas de violência urbana. Mais estudos são necessários para uma melhor compreensão das relações terapêuticas nos atendimentos de vítimas de trauma psíquico.

[Nova Pesquisa]