ÁGORA - ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
Faculdade de Medicina da UFMG

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000642

Referência:
SOARES, Glaucio Ary Dillon; MIRANDA, Dayse. Gênero e trauma. SOCIEDADE E ESTADO. Brasília, v. 20, n. 1, p.135-162, jan/abr 2005.
   
   


Outro(s) Autor(es):
--- não informado ---

Colaborador(es):
--- não informado ---

Descritor(es):
Violência; Transtornos de Estresse Pós-Traumático; Gênero e saúde

Termo(s) livre(s):
Vítima oculta; DEPT; PTSD

Resumo:
As consequencias sociais e psicologicas da violencia urbana sobre os parentes e amigos de pessoas vitimadas por mortes violentas (homicidio, suicidio ou acidentes) sao analisadas a luz das difrerencas de genero. A literatura especializada nesta area propoe que mulheres e homens vivenciam experiencias traumaticas de forma peculiar. Porem, os traumas tipicos sao diferentes em cada genero, deixando em aberto a questao sobre quanto das diferencas entre as respostas se devem a genero e quanto se devem ao tipo de trauma. Testamos a hipotese de que as mulheres sao mais suscetiveis a desordem de estresse pos-trauma (DEPT) numa situacao traumatica comum, usando dados qualitativos e quantitativos. Comparamos os sintomas do trauma e as percepcoes sobre o significado da perda de seus entes queridos. A amostra, de 425 mulhres (62%) e 265 homens (38%), foi retirada de uma lista de parentes de pessoas que sofreram morte violenta na cidade do Rio de Janeiro. Incluimos trinta relatos de parentes e amigos proximos das vitimas diretas. Os resultados revelaram que 54% das mulheres e 41% dos homens tiveram o cotidiano alterado depois da morte de um parente/amigo. Ha diferencas estatisticamente significativas nos prolbemas de saude e na diversao. Essa area foi a mais afetada, atingindo metade dos entrevistados. Uma variavel intimamente correlacionada com os sintomas da DEPT e o contato com o corpo: controlando a extensao do contato (fez o reconhecimento do corpo; viu, mas nao reconheceu e nem viu nem reconheceu). Em cada uma dessas categorias, as mulheres foram mais afetadas que os homens. O artigo conclui que as mulheres sentam mais as perdas do que os homens, mas que parte das diferencas nao sao internas aos generos, mas externas aeles, dependendo das interacoes e dos contatos pessoais.

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