Referência:
CAMARGOS, Mirela Castro Santos; PERPETUO, Ignez Helena Oliva; MACHADO, Carla Jorge. Expectativa de vida com incapacidade funcional em idosos em Sao Paulo, Brasil. REVISTA PANAMERICANA DE SALUD PUBLICA. São Paulo, v. 17, n. 5/6, p.379-386, 2005.
Outro(s) Autor(es): --- não informado ---
Colaborador(es): --- não informado ---
Descritor(es): Envelhecimento da população; Qualidade de vida; Saúde do idoso
Termo(s) livre(s): --- não informado ---
Resumo: Determinar, para individuos com 60 anos ou mais no ano de 2000, no municipio de Sao Paulo, por sexo e idade, a expectativa de vida livre de e com incapacidade funcional e, neste ultimo caso, mensurar os anos a serem vividos com e sem dependencia. As estimativas de expectativa de vida livre com incapacidade funcional, expectativa de vida com incapacidade funcional, expectativa de vida com incapacidade funcional e sem dependencia e expectativa de vida com incapacidade funcional e dependencia foram geradas a patrir da contrucao de uma tabela de sobrevivencia, conforme o metodo descrito por Sullivan. Os dados basicos utilizados para o calculo das expectativas foram o numero estimado de idosos no Municipio em meados de 2000, obtido a partir dos censos demograficos de 1991 e 2000, e as informacoes sobre obitos na populacao idosa, obtidas da Fundacao Sistema Estadual de Analise de Dados (SEADE). As taxas de prevalencia de incapacidade funcional e dependencia foram calculadas a partir dos dados sobre as atividades de vida diaria do Projeto Saude, Bem-Estar e Envelhecimento na America Latina e Caribe (SABE). As atividades de vida diaria contempladas no SABE sao: vestir-se, comer, tomar banho, ir ao banheiro, deitar-se e levantar da cama e atravessar um comodo da casa. A incapacidade foi deficinda como a necessidade de auxilio para realizar pelo menos uma atividade. Resultados. Em 2000, ao atingir os 60 anos, os homens paulistanos podiam esperar viver, em media, 17,6 anos, dos quais 14,6 (83 por cento) seriam vividos livres de incapacidade funcional. As mulheres na mesma idade podiam esperar viver 22,2 anos, dos quais 16,4 anos (74 por cento) seriam livres de incapacidade funcional. Dos anos com incapacidade funcional, os homens viveriam 1,6 anos (9 por cento) com dependencia, contra 2,5 anos (11 por cento) para as mulheres. Conclusao. Apesar de as mulheres idosas paulistanas terem apresentado maior expectativa de vida do que os homens, foi menor a proporcao de anos vividos livres de incapacidade funcional. O numero de anos com incapacidade funcional e dependencia tambem foi maior entre as mulheres. As politicas publicas devem levar em conta as diferentes necessidades das mulheres e homens idosos, assim como outras especificidades dessa populacao.[Nova Pesquisa]
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