ÁGORA - ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
Faculdade de Medicina da UFMG

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Referência:
CAMPOS, Francisco Eduardo de; BELISARIO, Soraya Almeida. O Programa de Saúde da Família e os desafios para a formação profissional e a educação continuada. INTERFACE - COMUNICAÇÃO, SAÚDE, EDUCAÇÃO. Botucatu, v. 5, n. 9, p.133-142, ago. 2001.
   
   


Outro(s) Autor(es):
--- não informado ---

Colaborador(es):
--- não informado ---

Descritor(es):
Saúde da família; Educação médica; Credenciamento; Educação continuada; Conscientização; Reforma dos serviços de saúde

Termo(s) livre(s):
--- não informado ---

Resumo:
Poderia parecer por demais pretensioso tentar abordar temática tão complexa em um artigo limitado a umas poucas laudas. Atravemo-nos a fazê-lo por considerar o tema instigante e pouco discutido, em termos conceituais, nos últimos tempos. Trata-se, portanto, da tentativa de colocar a bola em movimento. Certamente, os que comentarão este artigo poderão acrescentar grande contribuição à uma discussão que, a nosso ver, está em falta e que, dificilmente, ocorrerá de forma isenta e indolor. Não se trata de polêmica nova no setor, muito menos passível de respostas únicas, uníssonas, travestidas de fáceis e rápidas soluções. Não o sendo tão "novo", os desafios que se apresentam adquirem cada vez mais intensamente novas roupagens, demonstrando de maneira inequívoca a necessidade e a oportunidade de sua discussão - se não se pode nem se pretende esgotá-lo, torna-se imperioso clarificá-lo, democratizá-lo. No Brasil, do momento em que foi apresentada nos anos setenta, a proposta da "Medicina Familiar' e suas mais diversas denominações, como uma alternativa de formação de um médico "geral", proposta racionalizadora de expansão dos cuidados primários em saúde, até o momento em que o Programa de Saúde da Família (PSF) se torna uma política de governo, uma estratégia de reorganização da atenção básica, muita coisa mudou. O processo de redemocratização, a busca do direito universal à saúde, da eq¨idade, bem como o progresso científico e tecnológico, ocorrido nos últimos anos e sua incidência sobre a prática médica, provocaram a revisão de paradigmas, a elaboração de novas propostas, a busca de estratégias e a reorganizaçaão da sociedade. O entendimento dessas mudanças remete ao resgate de seu desenvolvimento, bem como à delimitação das especificidades do caso brasileiro.

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