A gravidez na adolescência está se tornando cada vez mais comum na sociedade contemporânea, pois os adolescentes estão iniciando a vida sexual mais cedo acarretando sérias conseq¨ências para a vida dos adolescentes envolvidos, comprometendo seus filhos que nascerão e de suas famílias.A gravidez precoce é motivo de preocupação das organizações de saúde nacionais e internacionais pelas repercussões físicas, psicológicas e sociais deste fenômeno na sociedade atual. Segundo os dados da prefeitura de Belo Horizonte, no ano de 2000, houve 9.684 internações de adolescentes do sexo feminino. Em 74% dos casos foram à gravidez, o parto e o puerpério os motivos das internações. Dos 40.531 nascidos vivos em 1999, 0,5% eram filhos de adolescentes entre 10 e 14 anos e 17% de mães entre 15 a 19 anos.Entre 1993 a 1998, observou-se o aumento de 31 % de partos de adolescentes entre 10 e 14 anos atendidas pela rede SUS.A partir da necessidade e desafio em se repensar a saúde do adolescente com novos paradigmas e a procura constante de levar o médico da saúde da família a atuar igualmente na promoção, prevenção e reabilitação da saúde do adolescente; floresceu a motivação de pesquisar e criar ações para a diminuição da gravidez precoce.