O trabalho em equipe multiprofissional é considerado um importante pressuposto para fundamentar as ações e reorganizar o processo de trabalho no âmbito da Estratégia Saúde da Família (ESF), visando uma abordagem mais integral e resolutiva. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi avaliar a participação e integração da Equipe de Saúde Bucal (ESB) dentro da ESF. As informações foram obtidas através de revisão de literatura incluindo artigos pertinentes ao assunto em questão entre 2004 e 2011, nas seguintes bases de dados: SCIELO, Google Acadêmico e Biblioteca Virtual da Plataforma Ágora. Esta busca durou 6 meses (de novembro/2010 a Abril/2011) e foram encontrados 28 artigos relacionados ao tema escolhido. Após análise dos referidos artigos pôde-se constatar que há muitos entraves na integração ente ESB/ESF tais como formação acadêmica deficiente do Cirurgião-Dentista (CD) que integra a ESF, tendência ao alheamento e desinteresse da ESB em relação à ESF, dificuldade em lidar com levantamentos epidemiológicos e realizar planejamentos de ações de saúde para a população adscrita. O atraso na inserção da ESB no Programa Saúde da Família (PSF), a demanda reprimida de necessidades odontológicas e a rotatividade dos profissionais que integram a ESF também foram relatadas como fatores que dificultam planejamento e integração entre as equipes. A falta de insumos e logística para que a ESB desempenhe adequadamente as suas funções também foi constada. Por fim, pôde-se perceber que embora haja dificuldades na atuação e integração da ESB/ESF, o Cirurgião-Dentista que atua na ESF, de forma geral, não está qualificado a organizar o seu processo de trabalho. Em razão disso sua atuação é reativa ao dano, limita-se quase que exclusivamente, no atendimento da livre demanda. Desta forma limitando sua atuação em outras frentes como, por exemplo, em ações, proativas, de promoção de saúde coletivas.