A Estratégia Saúde da Família, implantada pelo governo desde 1994, trouxe uma proposta de reorientação do modelo assistencial, baseado num contexto de promoção, prevenção e reabilitação, firmando a saúde como direito do cidadão e dever do Estado. Após 17 anos de sua implantação e de grandes conquistas, esta estratégia vê como novo desafio a educação permanente. Este trabalho visou buscar evidências científicas na literatura sobre educação permanente como método de mudança no cotidiano do processo de trabalho e sua correlação na prática, vivenciada pela Estratégia Saúde da Família. A metodologia utilizada foi revisão bibliográfica narrativa, através de busca científica que relacionou a teoria e a prática de educação permanente no cotidiano da Estratégia Saúde da Família. De acordo com os resultados encontrados, o Sistema Único de Saúde continua sendo um modelo fragmentado, frágil e em plena construção. A Estratégia Saúde da Família é seu principal enfoque, vista como principal porta de entrada à atenção à saúde. Perante os desafios encontrados ao longo da jornada desta estratégia, a educação permanente é atribuída pelo governo como meio de transformação no processo de trabalho da equipe, proporcionando a integração da equipe, comunicação e resolutividade de acordo com a problematização no contexto da Saúde da Família, mas ainda é comumente confundida na prática com a educação continuada pelos trabalhadores de saúde. Também evidenciou que a educação permanente é um avanço a ser conquistado de forma necessária e ambiciosa para mudança do processo de trabalho, minimizando os problemas a serem enfrentados pelas equipes em seu território de abrangência, que deve ser exercida pelos quadriláteros da formação.