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Desnutrição: um desafio secular a nutrição infantil
Tipo:
Artigo
Referência:
MONTE, Cristina M. G . Desnutrição: um desafio secular a nutrição infantil. JORNAL DE PEDIATRIA. Rio de Janeiro, v. 76, n. 3 Supl., p.s285-s297, 2000.
Descritor(es):
Resumo:
Objetivo: Rever o conhecimento sobre a desnutrição infantil, incluindo-se a descoberta e a evolução histórica do problema, a sua magnitude enquanto problema de saúde infantil, sua história natural, fisiopatologia, quadro clínico, diagnóstico e tratamento, e estratégias do setor de saúde para o controle da doença. Material e métodos: As informações foram pesquisadas através do sistema Medline, da Bireme, de sites relevantes da Internet e de catálogos de publicações de organizações governamentais brasileiras e de organismos internacionais que lidam com a nutrição infantil. Resultados: A revisão mostrou- que a desnutrição infatil[sic], apesar da redução mundial da sua prevalência, é atualmente o problema de saúde pública mais importante dos países em desenvolvimento. Mais de 50% das marotes de crianças menores de 5 anos que ocorrem nestes países é influenciada pela desnutrição, em alguma de suas formas. A mortalidade das crianças desnutridas graves tratadas em hospital tem se mantido inalterada nas últimas cinco décadas. Novas diretrizes para aperfeiçoar o tratamento e reduzir a mortalidade destas crianças foram recentemente formuladas pela Organização Mundial da Saúde. Apesar de resultados positivos de redução da prevalência da desnutrição terem sido atingidos, em vários países, através do setor de saúde, a efetividade das intervenções é, em geral, ainda baixa. A falta de alimentos pode limitar o sucesso no tratamento e na prevenção da desnutrição. Os fatores que podem contribuir para aumentar a efetividade das intervenções são os seguintes: abordagens que incluam posturas mais confiantes do profissional de saúde quanto à possibilidade de sucesso no tratamento de crianças desnutridas, o vínculo efetivo entre esses profissionais e mãoes, bem como apoio prático, valorização e reconhecimento das mesmas como sujeitos da ação de reabilitação nutricional executada para as suas crianças no domicílio.