Como parte de amplo estudo epidemeologico sobre condicoes de saude na infancia, uma amostra probabilistica de menores de cinco anos residentes no Municipio de Sao Paulo (n=305) foi estudada com relacao a adequecao nutricional de suas dietas. Atraves do inquerito recordatorio do consumo alimentar nas ultimas 24 horas evidenciou-se que: a) a partir de um ano e idade, as dietas tornam-se insuficientes para cobrir as necessidades energeticas de grande parte da populacao; b) em todas as idades, o aporte de proteina e de vitamiona A alcanca valores satisfatorios. Tais achados mostraram-se compativeis com a avaliacao clinico-laboratorial do estado nutricional realizada simultaneamente ao inquerito alimentar. A estratificacao social da amostra revelou que o nivel socio-economico familiar influencia fortemente o consulo energetico e, de forma menos intensa, o consumo de ferro. Na discussao dos provaveis fatores responsaveis pelos deficitis dieteticos encontrados, hipoteses distintas sao aventadas para o deficit energetico e para o deficit de ferro. No cado do deficit energetico, a origem basica do problema parecia residir no baixo poder quisitivo do populacao que condiciona insuficiente disponibilidade de alimentos e ingestao quentitativamente deficente. No caso do defict de ferro, a mesma hipotese valeria inteiramente apenas a partir da idade de dois anos. Antes desta idade, fatores relacionados ao desmame precoce e ao atraso na introducao de alimentos ricos em ferro aparentemente seriam mais importantes