NESCON MEDICINA UFMG Homepage NESCON
Diagnosticando depressão em pacientes internados com doenças hematológicas: prevalência e sintomas associados
Tipo:
Artigo
Referência:
FURLANETTO, Leticia M. et al. Diagnosticando depressão em pacientes internados com doenças hematológicas: prevalência e sintomas associados. JORNAL BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA. São Paulo, v. 55, n. 2, p.96-101, 2006.
Outro(s) Autor(es):
Descritor(es):
Resumo:
Introdução: Não encontramos estudos avaliando o diagnóstico e a prevalência de depressão em pacientes hematológicos aqui no Brasil. Objetivo: Verificar a prevalência dos sintomas depressivos e quais deles mais se associam à depressão em pacientes internados com doenças hematológicas. Métodos: Num estudo transversal, 104 pacientes consecutivamente internados nos leitos da hematologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC) foram avaliados. Foram preenchidos questionários de variáveis sociodemográficas e de história psiquiátrica. O índice Charlson de co-morbidade (IC) foi usado para medir gravidade física. Foi aplicado, também, o inventário Beck de depressão (BDI). Aqueles que tiveram pontuação acima de 9 na soma dos 13 primeiros itens do BDI (BDI-13) foram considerados deprimidos. Também foi verificada a freq¨ência caso fosse utilizada a escala completa com 21 itens (BDI-21), com ponto de corte 16/17. Resultados: As prevalências foram: BDI-13 = 25% e BDI-21 = 32,7%. Após controle para fatores de confusão, os sintomas que permaneceram no modelo da regressão logística, indicando que melhor detectavam os deprimidos, foram sensação de fracasso, anedonia, culpa e fadiga. Conclusão: Cerca de um quarto a um terço dos pacientes internados com doenças hematológicas tinham sintomas depressivos significativos, e os sintomas que melhor os discriminaram foram sensação de fracasso, anedonia, culpa e fadiga.