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A morte na infância e sua representação para o médico - reflexões sobre a prática pediátrica em diferentes contextos
Tipo:
Artigo
Referência:
HOFFMANN, Leandro . A morte na infância e sua representação para o médico - reflexões sobre a prática pediátrica em diferentes contextos. CADERNOS DE SAÚDE PÚBLICA. Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p.364-374, jul./set. 1993.
Descritor(es):
Resumo:
A morte - essa certeza presente direta ou indiretamente em algum momento da vida de todo ser humano - tem sido, especialmente no século XX, um tema proibido, negado, esquecido. Os médicos, apesar de uma experência mais próxima com a morte, através da sua vivência profissional cotidiana, não conseguem se familiarizar com ela; pelo contrário, o confronto com a morte sempre desperta sentimentos conflitantes de fracasso, culpa, impotência. Através da análise e reflexão de diferentes vivências, principalemnte frente à crucialidade da morte na infância, buscou-se compreender a representação deste momento na vida do médico. Apesar do tradicional silêncio das escolas médicas frente a este questionamento, assinala-se, com o apoio da unanimidade dos entrevistados, a importância da introdução de discussões sobre a morte e o morrer no processo de formação do médico, com o objetivo de compreender a morte enquanto parte integrante da vida e promover a humanização do atendimento aos pacientes terminais e seus familiares.