A doença falciforme é uma das enfermidades mais antigas da humanidade, decorrente de uma mutaçao genéitca ocorrida, majoritariamente, no continente africano. A imigração forçada dos africanos em decorrência do escravismo trouxe o gene a todo território brasileiro. Desse modo, percebe-se que a doença é hereditária, incurável e de alta morbidade e mortalidade, sendo seu tratamento tradicionalmente compreendido, como de competência dos centros hematológicos. Na década de 1990, graças aos movimentoss sociais formados por amigos, familiares e pessoas com a doença, o processo de organização social de reivindicação por políticas públicas foi iniciado. Em 2001, o exame que detecta anemia falciforme foi incluído no Programa Nacional de Triagem Neonatal de 12 estados da Federação. Em 2005, a Portaria ministerial n.º 1.391 incluiu a atenção aos doentes falciformes no Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, surgem novos desafios no campo de enfermagem: a atenção qualificada aos doentes falciformes na atenção básica. Deste modo, neste artigo procurou-se enfocar a enfermidadeem sues aspectos, culturais, sociais e de atenção à saúde. Espera-se, dessa forma, poder contribuir para a atenção qualificada dessas pessoas na tenção básica e estimular a produção de conhecimentos.