NESCON MEDICINA UFMG Homepage NESCON
Protocolo de acompanhamento do hipertenso: uma estratégia de adesão ao protocolo da hipertensão arterial sistêmica para a Equipe de Saúde da Família
Tipo:
Trabalho de Conclusão de Curso
Referência:
Outro(s) Autor(es):
Descritor(es):
Informações Pedagógicas:
(Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família)
Resumo:
O vinculo entre a Equipe da Estratégia da Saúde da Família (ESF) e os indivíduos favorece a continuidade do tratamento das doenças crônicas, efetividade dos planos de ação, melhorias em saúde e resolubilidade da atenção. Apesar das evidências de que o tratamento anti-hipertensivo é eficaz em diminuir morbidade e mortalidade cardiovasculares, os percentuais de controle da hipertensão são muito baixos em razão da pouca adesão ao tratamento. A não-adesão ao tratamento é multifatorial, sendo assim, requer apoio multidisciplinar. Melhores taxas de adesão foram registradas após intervenções combinadas e estreitamento das relações entre cuidador e paciente. Os objetivos foram desenvolver estratégia para adesão ao protocolo da hipertensão na ESF e estabelecer rotina estratégica e integrada. Esse estudo teve delineamento longitudinal com 50 pessoas de acordo com o critério de inclusão acompanhamento de hipertensão pela ESF São João II. Houve adesão de toda a equipe de saúde e as ações foram desenvolvidas paralelamente às atividades rotineiras. Para coleta de dados foi criado e utilizado o Protocolo de Acompanhamento de Hipertensão (PAH). Após seis meses, é repetida intervenção e realizado o teste de Morisky e Green (TMG). Os dados foram digitados e analisados em um banco de dados no programa Epinfo 3.5.1 versão 2006. O Plano de Intervenção foi com o PAH o qual é, basicamente, estratégia combinada que resulta na identificação de problemas individuais para a determinação de planos de ação particulares com apoio multidisciplinar direcionado e contínuo. Estimulando o vínculo e o acompanhamento contínuo multiprofissional, favorece o cadastro HIPERDIA, auxilia o aumento do impacto das intervenções, da magnitude influência benéfica nos fatores de riscos modificáveis, nos fatores de não adesão ao tratamento, no desempenho e integração da ESF. Os cinquentas indivíduos tinham idade média de 61 anos, com predominância da raça branca (52%), escolaridade menor que oito anos (66%), que não relatavam atividades fora do lar (56%), que utilizavam até três medicamentos de uso contínuo (68%). A intervenção foi capaz de beneficiar e incentivar a adoção de dieta adequada (68% vs 80%), a adotar práticas de atividade física (40% vs 52%), reduzir o uso de tabaco (40% vs 16%) e de bebida alcoólica (40% vs 12%). A maioria aplicou a nota dez a ESF (88%), sendo menor (56%) para a autoavaliação. O uso regular das medicações se manteve 88%, pressão arterial normal ou limítrofe (92%), melhora do baixo peso e obesidade no idoso. Após a intervenção não houve procura do grupo pelo atendimento de urgência. O TMG demonstrou boa efetividade da intervenção (90%). O PAH mostrou-se consideravelmente eficiente e adaptável na ESF. Sua utilização pode superar muitas limitações no controle da hipertensão. Ressalta-se uma possível ampliação do PAH para uso das ESF, pois a estratégia possui aplicação prática, custo efetivo total baixo e impacto multifatorial. Propõe-se integração com a equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF).
Público Alvo:
Médicos de Família e ComunidadeMédicos ClínicosEnfermeiros e afins
Informações Adicionais:
CEABSF - UFMG