As drogas de maior consumo são: clonazepam, diazepam, bromazepam e alprazolam; com predomínio dos benzodiazepínicos, principalmente no sexo feminino, associado ao uso concomitante de dois ou mais fármacos (polifarmácia). Sendo assim, é preciso alertar sobre a gravidade dos efeitos adversos dos benzodiazepínicos sobre atenção, concentração e memória; o que exige cautela em sua prescrição, devendo ser considerado seu potencial no desenvolvimento de tolerância e dependência, relacionadas à idade do paciente e as interações medicamentosas. O aumento da sensibilidade à droga está diretamente relacionado ao acúmulo de benzodiazepínicos e a seus metabólitos ativos. Os idosos alcançam então, efeito mais prolongado e mais intenso. Por isso observam-se com muita frequência confusão mental e desorientação em comparação com o jovem. A prescrição deve ser avaliada sistematicamente pelo médico que assiste o paciente. A indicação precisa e o tempo de uso são objetos a serem avaliados como as implicações decorrentes de seu uso prolongado. O tempo de uso irá depender dos sintomas a serem tratados. Considerando-se a grande frequência de prescrição de psicotrópicos para a população idosa, este estudo tem por objetivo identificar os efeitos de seu uso e sua associação com déficit cognitivo, e elaborar uma proposta de intervenção para alertar sobre o uso indevido destes medicamentos e reduzir sua prescrição em idosos. Com esta proposta de intervenção, espera-se reduzir o uso indevido de benzodiazepínicos nos pacientes atendidos pela equipe Rosa da Unidade Básica de Saúde Duarte Henriques no município de Jaboticatubas - Minas Gerais