A gravidez na adolescência é uma realidade em vários países, incluindo o Brasil. Diretamente ligada a fatores socioeconômicos e culturais, representa um desafio da sociedade atual, apesar de fato antigo. Tal situação apresenta risco tanto para a adolescente envolvida quanto para o recém-nascido, observando-se perdas fisiológicas, sociais e econômicas. Os serviços de saúde oferecidos aos adolescentes enfrentam dificuldades de adesão aos métodos contraceptivos e mostram um grande número de adolescentes grávidas como observado na área de abrangência da Estratégia de Saúde da Família (ESF) de Santa Luzia, município de Manhuaçu-MG. O objetivo desse estudo foi propor estratégias para diminuir a gravidez na adolescência através de atividades educacionais. Foi realizada revisão bibliográfica no período de 2012 a 2014, através das bases de dados eletrônicos e publicações impressas. Com a leitura dos textos selecionados foi observado que conflitos no convívio familiar e social e mudanças fisiológicas e hormonais próprias da adolescência são fatores dificultadores para a adoção e adesão aos métodos contraceptivos. A atuação da Atenção Primária no cuidado ao adolescente é tímida. Propõe-se uma intervenção junto à equipe de saúde que contemple a organização do atendimento na Unidade Básica e parcerias que poderão contribuir para a redução do número de gestantes adolescentes. Dessa forma, espera-se que com a atuação da atenção primária na reestruturação da assistência a saúde do adolescente, a parceria com as escolas e outros atores e o envolvimento da família possibilitem a redução da gravidez na adolescência na área de abrangência da ESF Santa Luzia.