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Interferência do perfil epidemiológico do idoso na atenção odontológica
Tipo:
Artigo
Referência:
SILVA, Andréia Lobato da; SAINTRAIN, Maria Vieira de Lima . Interferência do perfil epidemiológico do idoso na atenção odontológica. REVISTA BRASILEIRA DE EPIDEMIOLOGIA. São Paulo, v. 9, n. 2, P.242-250, 2006.
Descritor(es):
Resumo:
Com o considerável aumento da população idosa, cresce a necessidade de profissionais capacitados a lidar com esta faixa etária, em especial de profissionais de saúde. O objetivo principal deste trabalho é comparar o perfil epidemiológico dos adultos e idosos atendidos no curso de Odontologia da Universidade de Fortaleza - UNIFOR. A partir de um corte transversal, foram elaborados indicadores com as informações contidas na ficha semiológica dos prontuários da Instituição, referentes ao período de 2000 a 2002. Pretende-se, desta forma, verificar o relacionamento da idade com as alterações sistêmicas e suas influências no tratamento odontológico. Examinaram-se 702 prontuários, dos quais 520 pertenciam ao grupo de pacientes entre 45 e 59 anos e 182 com os de idade superior a 60 anos. A média de idade dos pacientes foi de 55 anos para o primeiro grupo e de 66 para o segundo. Em ambos os grupos predominou o sexo feminino e prevaleceu o segundo grau incompleto como nível de escolaridade. Os resultados apontaram as doenças cardiovasculares, musculoesqueléticas, endocrinológicas e geniturinárias como as mais recorrentes. A freq¨ência e o acúmulo de doenças auto-referidas foi superior nos pacientes de mais de 60 anos, apresentando significância estatística quando comparados aos de 45 a 59 anos. Com o aumento da idade, desenvolvem-se inúmeras alterações fisiológicas e/ou patológicas, influenciando no tratamento odontológico, observando-se que, quanto maior a idade, maior o acúmulo de doenças e afecções múltiplas em um mesmo indivíduo, o que implica o uso de variados medicamentos. Foi constatada, no decorrer do estudo, a necessidade de uma relação direta entre o tratamento odontogeriátrico e as manifestações sistêmicas, requerendo, assim, maior atenção aos idosos durante o atendimento odontológico.