Ensaio clínico placebo-controlado com isoflavonas da soja para sintomas depressivos em mulheres no climatério
Tipo:
Artigo
Referência:
SOUSA, Rilva Lope de . Ensaio clínico placebo-controlado com isoflavonas da soja para sintomas depressivos em mulheres no climatério. REVISTA BRASILEIRA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Rio de Janeiro, v. 28, n. 2, p.91-100, 2006.
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Resumo:
Objetivos: avaliar a eficacia do uso de isoflavonas da soja no tratamento de sintomas depressivos em mulheres com sindrome climaterica. Metodos: estudo experimental placebo-controlado, randomizado e duplo-cego, com 84 pacientes climatericas atendidas ambulatorialmente no Hospital Universitario Lauro Wanderley, em Joao Pessoa (PB). Na avaliacao de sintomas depressivos empregou-se o Questionario de Auto-avaliacao da Escola de Hamilton para Depressao (QAEH-D) nas visitas pre-tratamento (VT1) e na 8ª (VT2) e na 16ª (VT3) semana pos-tratamento.O grupo experimental (GExp) recebeu xtrato de isoflavonas da soja, 120 mg por dia, e o contrle (GCont), placebo. A comparaco dos escores do QAEH-D entre os grupos em VT1, VT2 e VT3 constitui a medida primaria de eficacia (teste t, p = 0,05). Analise secundaria incluiu estimativa do "efeito domino" e avaliacao clinica e laboratorial de eventos adversos. Resultados: houve reducao significativa dos escores do QAEH-D no GExp (VT2VT1; p=0,003), com reducao adicional entre VT2 E VT3 (VT3VT2; p=0,005). Similarmente, houe decrescimo dos escores entre VT1 E VT2 no GCont (VT2VT1;p=0,04), que nao persistiu posteriormente (VT2=VT3; p 0,05). De VT1 para VT3, evidenciou-se a diferenca estatisticamente significativa de 8,9 por cento na reducao dos escores entre os grupos (p=0,03). Nao houve correlacao da reducao dos sintomas depressivos com resposta dos sintomas vasomotores (p 0,05). Houve reducao das concentracoes de FSH apenas no GExp (p=0,02), sem alteracoes do estradiol. Nao ocorreram eventos adversos clinicamente relevantes. Conclusoes: o efeito doextrato de isoflavonas foi superior ao do placebo, perem de pequena magnitude e apenas apos 8 semanas de tratamento. Este pequeno efeito atribuido ao tratamento experimentoa, de boa tolerabilidade, podera beneficiar pacientes que tem efeitos colaterais aos estrogenos ou que preferem nao usar estes hormonios.