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Correlação entre os resultados laboratoriais e os sinais e sintomas clínicos das pacientes com candidíase vulvovaginal e relevância dos parceiros sexuais na manutenção da infeccção em São Paulo, Brasil
Tipo:
Artigo
Referência:
BOATTO, Humberto Fabio et al. Correlação entre os resultados laboratoriais e os sinais e sintomas clínicos das pacientes com candidíase vulvovaginal e relevância dos parceiros sexuais na manutenção da infeccção em São Paulo, Brasil. REVISTA BRASILEIRA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Rio de Janeiro, v. 29, n. 2, p.80-84, 2007.
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Resumo:
Objetivo: relacionar as leveduras identificads aos sinais e sintomas clinicos das pacientes com candidiase vulvovaginal e investigar a importancia dos parceiros sexuais na reincidencia da infeccao. Metodos: foi desenvolvido estudo prospectivo de julho de 2001 a julho de 2003 com uma amostra de mulhers residentes na Grande Sao Paulo. Foram avaliadas 179 pacientes com suspeita clinica de vaginite fungica, com idade entre 18 e 65 anos. Os criterios para exclusao foram: gravidez, comprovetimento imunologico intrinseco e extrinseco, incluindo AIDS, diabetes, imunossupressao, pacientes em terapia com corticosteroide, antibioticos ou hormonios, em pos-menopausa, em uso de dispositivo intra-terino e duchas vaginais ou espermicidas. Amostras de secrecoes vaginais ou da glande dos parceiros sexuais de pacientes com vaginite de repreticao foram coletados para microscopia e cultura de fungos. Colonias fungicas isoladas em CHROMagar Candida foram identificadas por porvas classicas. O teste exato de Fisher foi usado para correlacionar o quadro clinico com as leveduras isoladas das pacientes. Resultados: os sinais e sintomas clinicos mais relevanetes na candidiase vulvovaginal foram prurido e corrimento, seguidos por eritemia e edema, estatisticamente independentes do agente etiologico. Leveduras foram diagnisticas por microscopia direta em 77 pacientes com vulvovaginites, sendo obtidos 40 cultivos de Candida spp. Candida albicans (70%), C. glabrata (20%), C. tropicalis (7,5%) e C. guilliermondii (2,5%) foram identificadas. As leveduras prevalentes nos parceiros foram C. albicans e C. glabrata. As mesmas especies foram detectadas nas companheiras e parceiros de 87% dos casos. Conclusoes: as vulvovaginites fungicas foram mais frequentes em mulheres entre 18 e 34 anos de idade. Nao foi observada correlacao entre as especies de leveduras detectadas e a sintomatologia clinica. Os parceiros sexuais podem ser importantes reservatorios de Candida spp e estar relacionados a manutencao da candidiase vulvovaginal.