Introdução: Define-se hipertensão arterial como um estado clínico de origem multifatorial, caracterizado pela manutenção de níveis elevados e persistentes de tensão arterial os quais se associam a lesões em órgãos alvo como em coração, rins, vasos, cérebro, olhos e também a alterações metabólicas elevando o risco cardiovascular. Estima-se que 30% da população adulta brasileira apresentem hipertensão arterial e as doenças cardiovasculares ainda são as principais causas de morte no Brasil. A hipertensão e seus fatores de risco ou agravantes como dislipidemia, tabagismo, diabetes mellitus, sedentarismo, entre outros podem ser amplamente manejáveis na atenção primária. A Síndrome Metabólica (SM) é um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovascular usualmente relacionado à deposição central de gordura e à resistência à insulina. Indivíduos com síndrome metabólica possuem alto risco para doenças cardiovasculares e Diabetes Mellitus tipo 2 e se estima que o risco geral de doença cardiovascular entre os portadores sejam 1,5-3 vezes maior. O problema abordado no presente trabalho centra-se falta de manejo/cuidado do paciente hipertenso com vários fatores de risco e em descontrole, além da ausência de mecanismos na Estratégia Saúde da Família para identificação de portadores de síndrome metabólica. Objetivo: Propor um plano de intervenção para melhorar a estratificação de risco, o acompanhamento e a identificação de síndrome metabólica em pacientes hipertensos. Método: Realizou-se o Planejamento Estratégico Situacional e revisão de literatura. Utilizou-se como base de dados Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e PubMed. Os principais resultados esperados com o plano de intervenção relacionam-se com o melhor acompanhamento dos usuários hipertensos, visando maior possibilidade de educação em saúde na direção da promoção da qualidade de vida.