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As ações de controle da hanseníase desenvolvidas pela Equipe da Estratégia Saúde da Família
Tipo:
Trabalho de Conclusão de Curso
Referência:
Outro(s) Autor(es):
Descritor(es):
Termo(s) Livre(s):
Informações Pedagógicas:
(Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família)
Resumo:
Este estudo teve como objetivo discutir a importância das ações de controle da hanseníase desenvolvidas pela equipe da Estratégia Saúde da Família. A metodologia utilizada foi a revisão de literatura-integrativa. A população deste estudo foi composta por toda literatura indexada nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde - BVS, LILACS, BDENF, CAPES. Consideraram-se as dissertações e artigos publicados no período de 2001 a 2011. Foi elaborado um instrumento para coleta de dados, compostos de dados referentes ao autor principal (profissão, titulação, local de trabalho, pais de origem, dados referentes à publicação, as variáveis de estudo dos autores e a variável de estudo do pesquisador). Os resultados demonstraram que quanto a profissão do autor principal dos artigos analisados, 83% são enfermeiros e 17% são médicos. No que se refere à titulação a maioria são mestres (67%). Dentre os locais de atuação destes profissionais, percebeu-se que 58% atuam na atenção básica da saúde. Os artigos foram publicados em diferentes periódicos, sendo 34% na Revista. Brasileira de Enfermagem. Destacou-se ainda que 100 % dos artigos tiveram como veículo de divulgação a LILACS sendo 52% publicados no ano de 2008. Quanto ao delineamento do estudo, observou-se que 42% dos estudos foram quali-quantitativo. Constatou-se ainda que o Programa Nacional de Controle da Hanseníase vem estreitando laços com o Departamento de Atenção Básica /Ministério de Saúde com o objetivo de descentralizar as ações para controle da Hanseníase. Dentre os aspectos que dificultam as ações de controle da hanseníase pode-se citar: a falta do conhecimento sobre a enfermidade e suas conseq¨ências, o diagnóstico tardio, a ausência de educação continuada dos profissionais da saúde, falta de ações educativas comunitárias e familiares, déficit no conhecimento da população acerca da doença, carência de transporte para busca ativa, deficiência de material para exames no laboratório, falha na cobertura assistencial e falha da aplicabilidade das ações preconizadas pela da Portaria nº 1073/GM do Ministério da Saúde no Programa de Controle de Hanseníase. A hanseníase precisa ser prioritária, tanto pelo poder público, como também pelos profissionais de saúde. Para tanto, é importante a valorização e implantação de ações que facilitem o controle desta doença, por meio de uma série de estratégias como: a capacitação de profissionais de saúde que atuam na rede básica, o investimento em Educação continuada criteriosa avaliação epidemiológica das equipes, o Planejamento Estratégico Situacional, o acesso facilitado à assistência aos portadores da doença, a realização de campanhas frequentes, com distribuição de panfletos, a implantação da poliquimioterapia, busca ativa e atualização do sistema de informações dos dados epidemiológicos. Concluiu-se que hanseníase ainda causa repercussões significativas na vida de seus portadores, com isso salienta-se a importância de ações educativas junto a essas pessoas, objetivando a melhoria na assistência a essa clientela, contribuindo para amenizar o estigma, o preconceito e a discriminação que envolve a hanseníase. A trajetória dos profissionais da saúde da Estratégia de Saúde da Família deve ser contemplada com ações educativas para a realidade cultural, social e emocional, desenvolvendo um pensamento crítico e reflexivo, culminando na transformação da realidade em que a hanseníase se insere.
Público Alvo:
Médicos de Família e ComunidadeMédicos ClínicosEnfermeiros e afins
Informações Adicionais:
CEABSF - UFMG