O presente trabalho apresenta uma revisão de literatura com o objetivo de obter informações sobre o acolhimento ao portador de sofrimento mental em Unidades Básicas de Saúde, bem como identificar qual a relação existente entre o acolhedor e o portador de sofrimento mental e quais as implicações desse acolhimento. A necessidade de conhecer as diferentes dimensões do acolhimento a estes usuários e as dificuldades que podem ser encontradas no atendimento ao portador de sofrimento mental foram os elementos que motivaram a realização deste trabalho. A escolha em se trabalhar com a equipe de Enfermagem, parte do princípio que os profissionais são considerados "linhas de frente" e suas atividades exigem o contato próximo com os portadores de sofrimento mental. Sendo assim, este estudo foi realizado no período de março a agosto de 2011, mediante pesquisa bibliográfica em artigos e livros que englobam o tema descrito, não considerando tempo ou período de publicações dos materiais pesquisados. As discussões evidenciam que profissionais de Enfermagem apresentam dificuldades em acolher o paciente, pois não se sentem preparados em razão da ausência de capacitação das equipes, da intolerância, da falta de comprometimento com o trabalho e da complexidade do atendimento em saúde mental. Em função disto, as ações de saúde mental na atenção básica devem contemplar a sensibilização, o treinamento para formação de vínculos e humanização do atendimento, atendendo os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Reforma Psiquiátrica.