Cuidado essencial à saúde feminina, o Papanicolau – exame capaz de rastrear o câncer de colo de útero – teve público ampliado pelo Ministério da Saúde. Mulheres até 64 anos deverão ser submetidas ao procedimento, antes recomendado apenas à faixa etária entre 25 e 59 anos.
As novas diretrizes foram anunciadas ontem pelo Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, e vão orientar a conduta dos profissionais de saúde tanto na rede pública como na rede privada do país. Segundo Magalhães, a medida foi tomada considerando sobretudo as mudanças demográficas observadas no Brasil, que mostram maior tempo de vida médio das brasileiras. “Essa é, portanto, uma mudança importante, ampliação de acesso, ampliação de qualidade e de garantia de pegarmos a maior parte dos casos de câncer em estágio bem inicial.”, destacou.
Além de estender o exame preventivo às sexagenárias, as novas diretrizes estabelecidas pelo Ministério também implicam em mudanças no protocolo de atendimento dos médicos. Uma delas é que, no caso de mulheres com mais de 64 anos que nunca realizaram o Papanicolau, somente após dois resultados negativos anuais é que elas deverão ser dispensadas de exames adicionais.
Esses e outros procedimentos de serão difundidos em um programa de formação de ginecologistas, cujo objetivo é padronizar o diagnóstico do câncer segundo as novas determinações do Ministério. De acordo com a instituição, a qualificação de profissionais já começou no Acre e outros 13 estados iniciam a criação de centros regionais de capacitação.
Velho inimigo
Atrás apenas do câncer de mama, o câncer de colo de útero é o segundo tumor mais frequente entre as mulheres. Segundo o Instituto Nacional do câncer (INCA), a doença faz 4800 vítimas fatais por ano, com 18430 casos registrados em 2010. O diagnóstico precoce, porém, faz com que as chances de cura cheguem a quase 100%.
Capaz de diagnosticar lesões que antecedem o câncer, o papanicolau é um poderoso aliado da saúde feminina, pois permite iniciar o tratamento antes que o tumor se desenvolva. O ideal é realizá-lo anualmente a partir dos 25 anos.
Comunicação Nescon com informações do Portal Saúde
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